Moçambique não tem xaropes com Dextrometorfano contaminado com o Levometorfano

Moçambique não tem xaropes com Dextrometorfano contaminado com o Levometorfano

Maputo, 04 de Dezembro de 2013 - O Ministério da Saúde (MISAU) assegura que todo o xarope para tosse que circula em Moçambique não contém Dextrometorfano contaminado com o Levometorfano. 

A garantia foi dada no dia 4 de Dezembro de 2013, em Maputo, pelo Inspector-Geral da Saúde, Doutor Martinho Dgedge, durante uma Conferência de Imprensa conjunta –MISAU/OMS –  com o objectivo de dar a conhecer o ponto de situação das investigações levadas a cabo pelo Ministério da Saúde, depois de um alerta feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Outubro de 2013. 

Nos meados de Outubro deste ano, a OMS alertou ao MISAU no sentido de fortalecer o seu sistema de farmacovigilância, uma vez que uma empresa indiana teria libertado certa quantidade do princípio activo Dextrometorfano contaminado com Levometorfano, um analgésico opióde potente. 

Alguns fabricantes de medicamentos teriam produzido xarope para a tosse com o Dextrometorfano contaminado com Levometorfano, o que teria causado a morte de 50 pessoas no Paquistão e uma (1) em Paraguai.

“Nenhum produto do fabricante em causa chegou a Moçambique. Os países que receberam o produto contaminado do fabricante também não exportam medicamentos para o nosso País”, disse o Doutor Martinho Dgedge, acrescentando que, “por outro lado, o nosso Sistema de Farmacovigilância não recebeu nenhuma notificação que efeito adverso de Dextrometorfano contaminado com o Levometorfano”.

Por seu turno, o Representante da OMS em Moçambique, Dr. Daniel Kertesz, disse existir “um risco mínimo, em Moçambique, de doença a partir de xaropes para tosse contaminados visto que o País não fabrica o seu próprio xarope para tosse, portanto não teria importado Dextrometorfano contaminado”.  

Ele apelou ao MISAU para continuar a fortalecer a sua capacidade e controlo para detectar e gerir medicamentos de baixa qualidade e falsificados e “o papel da OMS é de apoiar o MISAU em assegurar que os medicamentos e artigos médicos sejam seguros e eficazes”, concluiu o Dr. Kertesz.

Fim/

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