Rumo à eliminação do paludismo em Cabo Verde

Rumo à eliminação do paludismo em Cabo Verde

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde e Segurança Social (MSSS) promoveram a Revisão do desempenho do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo através dum atelier de 26 à 30 de Novembro na Cidade da Praia, que conta com participantes das instituições públicas, universidades e sociedade civil envolvidos no combate ao Paludismo no país.

O grande desafio da luta contra o Paludismo em Cabo Verde é o compromisso assumido pelo Governo de eliminar o paludismo até 2020 (PNS, 2007). Para atingir essa meta e conseguir a certificação, é preciso passar por uma fase da eliminação desta doença transmitida por mosquitos, mantendo zero casos autóctones no país, durante um período mínimo de três anos consecutivos. 

A Revisão do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo é uma análise periódica em parceria com os atores envolvidos, com vista a melhorar o desempenho operacional e atingir os objetivos em termos de cobertura das intervenções com impacto. O objetivo geral da Revisão é avaliar o desempenho e redefinir as estratégias de intervenção de luta contra o paludismo em Cabo Verde, de acordo com as orientações técnicas da Organização Mundial da Saúde (OMS), incluídas no Estratégia Global Técnica contra o Paludismo 2016-2030 e no Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2017-2021.

 

Mais concretamente, a Revisão visa identificar as principais realizações do programa, as melhores práticas e lições aprendidas, questões críticas e prioritárias, assim como investigar as causas dos obstáculos que reduzem a eliminação da transmissão, e propor soluções para um impacto real, no contexto do Plano Estratégico de Eliminação da Malária 2019-2023.

O paludismo em Cabo Verde tem um caráter instável e de transmissão curto, com um pico geralmente observado no final da estação chuvosa. O mosquito vetor Anopheles Gambiae está presente em 7 das 9 ilhas, à exceção da ilha do Sal e da ilha Brava. Atualmente, a única espécie do parasita que se regista no país é o Plasmodium falciparum. No passado, o paludismo constituiu um importante problema de saúde pública. O número de casos tem sido mantido em níveis baixos desde 1989, mas tem tido 4 epidemias localizadas nas ilhas de Santiago (1995, 2000, 2001, 2017) e de Boa Vista (2003 de 2009).

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