Luanda, Angola, 26 de Janeiro de 2025 – A Organização Mundial da Saúde (OMS), em colaboração com as autoridades de saúde de Angola, está a intensificar os esforços no terreno para combater o surto de cólera que afecta o país desde 7 de Janeiro de 2025. Com 1.016 casos reportados e 43 mortes até à data, as equipas da OMS estão no terreno a apoiar activamente a vigilância, o tratamento de casos, os testes e as intervenções a nível comunitário.

No dia 25 de Janeiro, a OMS e os profissionais de saúde da Direcção Provincial de Saúde do Bengo visitaram 10 pontos de recolha de água, incluindo nove rios e um furo numa zona residencial. Amostras de água foram recolhidas e enviadas para o Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS) para análise, com o objectivo de identificar fontes de contaminação e orientar estratégias de mitigação.

Além destes esforços, as equipas da OMS trabalharam activamente no início da semana em municípios afectados na Província de Icolo e Bengo. As actividades principais incluem:

• Visitar áreas de alto risco, como o Mercado do 30, a Lagoa do Bairro dos Quiabos e o bairro Chietu, que reportaram múltiplos casos suspeitos.
• Assistir as equipas do INIS na recolha de amostras de águas estagnadas e resíduos sólidos em áreas críticas, como o Mercado do 30, onde o lixo acumulado representa riscos significativos para a saúde.
• Fornecer soluções de hipoclorito de cálcio para o tratamento de água e preparar soluções de reidratação oral (SRO) para pacientes.

Embora o trabalho de campo da OMS fortaleça os esforços locais de resposta, estas acções fazem parte de um apoio mais amplo, incluindo a colaboração de alto nível com o governo angolano para desenvolver o Plano Nacional de Resposta à Cólera e ajudar na coordenação dos esforços multissectoriais através da Comissão Interministerial.

O foco nas intervenções a nível comunitário, como a recolha de amostras de água e a resposta rápida a casos suspeitos, demonstra o compromisso da OMS em complementar a advocacia de alto nível com acções directas no terreno. Com a colaboração contínua, estes esforços visam conter o surto e proteger as comunidades vulneráveis.