Jornada Africana de Luta Contra o Paludismo

Jornada Africana de Luta Contra o Paludismo

Cabo-Verde rumo à eliminação no horizonte 2020

Praia, 25/04/13 -- A 25 de Abril de 2013, celebrou-se mais uma Jornada Africana de Luta Contra o Paludismo, cujo lema é este ano e até 2015 : “Investir no futuro - Vencer o paludismo” . O objectivo visa dinamisar o engajemento a favor da luta contra o paludismo.

No seu discurso oficial para celebrar o evento, a Ministra Adjunta e da Saúde, Dra. Cristina Fontes Lima felicitou a todos os caboverdianos por terem participado nesta luta que permitiu que Cabo Verde tivesse hoje uma incidência anual de menos de 1caso por 1000 habitantes.

Prova disso, aponta com todo o orgulho para o Prémio (numa mêsa ao lado) por Excelência, na categoria de impacto e implementação na reducção da mortalidade, no tratamento e combate, que o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde recebeu das mãos do Secretário Geral das Nações Unidas. Mas, a Ministra Adjunta e da Saúde disse não estar ainda completamente satisfeita por termos atingido esta fase de pré-eliminação, tem mais outra ambição, que também afirmou estar ao nosso alcance: a eliminação do paludismo em Cabo-Verde no horizonte 2020.

A Dra. Cristina não deixou de realçar o esforço conjunto nesta luta, fruto de trabalho de todos; Associações, Câmaras Municipais e população em geral, que como disse, têm entendido o apelo ao combate de todas as causas que estão na origem desta doença. Disse também que temos que continuar a trabalhar em domínios fundamentais como no aprofundamento da pesquisa, entre outros.

Terminou lançando um apelo à Nação, para que continuemos firmes nesta luta, pois é um grande desafio mas que está ao nosso alcance. Informou ainda que se está a projectar a revisão do Plano Estratégico adaptado aos novos desafios, com a colaboração da OMS, a fim de ser submetido ao Fundo Global.

O Director dos Serviços de Controle de Doenças, Dr. Júlio Monteiro Rodrigues, fez uma apresentação em “Power-Point” (seguido de debates), sobre os antecedentes históricos do paludismo em Cabo Verde, como tendo sido um dos maiores problemas de saúde pública, referindo-se igualmente aos esforços do projecto piloto para a sua elimimação que teve início em 1948, tendo sido alargado em 1953.

Recordou as epidemias entre 1977 a 1979 e entre 1987 e 1988, que foram devidas à redução ou interrupção das medidas de prevenão, e realçou a situação actual de pré-eliminação, fruto do engajamento do todos.

Actualmnete, das 10 ilhas de Cabo Verde, apenas duas têm maiores problemas de paludismo; tratam-se das Ilhas de Santiago e de Boa Vista.

Para Director dos Serviços de Controle de Doenças, existem factores favoráveis ao processo de eliminação, designadamente o engajamento político, sistema de saúde regulamentado, boas infraestruturas de saúde e o acesso equitativo e universal aos serviços e cuidados da saúde, bem como os documento da Politica Nacional de Saúde (2007-2020), o Plano estratégico de pré-eliminação 2009 – 2013 em revisão, e também o engajamento das parcerias nacionais, bilaterais e multilaterais.

Como estratégias para a eliminação no horizonte 2020, apontou a consolidação do processo de pré-eliminação e melhoria das estratégias de eliminação, com enfoque sobre : maior capacitação interna dos profissionais; descentralização - maior apoio à integração das atividades de luta contra o paludismo nas delegacias de saúde e o reforço do envolvimento multissectorial e comunitário.

Seguiram-se depois mais duas apresentações: a do Dr. Artur Correia, Presidente do Centro Nacional de Desenvolvimento Sanitário - CNDS, que teve enfoque na vertente Promoção da saúde, sensibilização, envolvimento institucional, social e comunitário, bem como na articulação com os Médias. A apresentação do Delegado de Saúde da Praia, Dr. Domingos Teixeira posicionou-se na luta anti-vectorial, equipa de vigilância e de laboratório, tendo em vista o reforço dessas vertentes na luta contra o paludismo.

Em reperesentação da Organização Mundial de Saúde usou da palavra a Dra. Iolanda Estrela (em pé, foto ao lado), que manifestou a importância da parceria e apoio da OMS nesta luta. Conforme a mensagem do Direcor Regional da OMS, Dr. Luís Gomes Sambo, “a partir de agora até 2015, a comunidade mundial acordou sobre o tema: “INVESTIR NO FUTURO: VENCER A MALÁRIA”.

A Dra. Iolanda Estrela referiu-se a algumas passagens da mensagem do Director Regional da OMS, dizendo que este tema reflecte a necessidade de acelerar medidas firmes para vencer o paludismo quando caminhamos para a meta fixada pelos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. No final da mensagem, o Director Regional da OMS lança um apelo a todos para se juntarem à luta para vencer a malária: aos políticos, parlamentares, governos, os trabalhadores do sector privado, a sociedade civil, as organizações religiosas e os meios de comunicação social devem apoiar os esforços das comunidades no combate ao paludismo.

Segundo a OMS, grandes progresso tem sido feito ao longo da última década.Desde 2000, as taxas de mortalidade baixaram mais de 25% e de 50 dos 99 países onde a doença continua a se espalhar estão a caminho de cumprir a meta de reduzir a taxa de incidência de mais de 75 % estabelecido em 2015 pela Assembleia Mundial da Saúde. A intensificação das medidas de controle de vetores, juntamente com um melhor acesso a exames e tratamentos de qualidade garantida de diagnóstico, tem sido a chave para esta evolução.

Estima-se que 660 mil pessoas morrem de malária a cada ano em todo o mundo, a maioria crianças menores de cinco anos na África subsaariana.

Participaram na cerimónia, altos quadros do Ministério da Saúde, do CCS/Sida, Universidades, Protecção Civil, Forças Armadas, Serviços de Metereologia, entre outros.

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Jornada Africana de Luta Contra o Paludismo 2013

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