20 anos a salvar vidas: São Tomé e Príncipe agradece aos dadores de sangue

20 anos a salvar vidas: São Tomé e Príncipe agradece aos dadores de sangue

São Tomé - São Tomé e Príncipe, tal como o resto do mundo, comemorou o Dia Mundial do Dador de Sangue no dia 14 de junho. O evento, organizado pela Associação de Dadores de Sangue de São Tomé e Príncipe, "Mais Vida", foi presidido pela Ministra da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos, em representação do Primeiro-Ministro, juntamente com a Ministra da Saúde e dos Direitos da Mulher e a OMS. A Ministra da Justiça, Ilza Amado Vaz, felicitou a ação da associação "+VIDA" no "esforço contínuo de sensibilização sobre a importância de doar sangue e salvar vidas", e também os profissionais de saúde e parceiros pelo "trabalho realizado para melhorar os serviços de saúde no país, incluindo a transfusão de sangue".

A Ministra da Saúde e dos Direitos da Mulher foi representada pelo Diretor Geral do Hospital Nacional, Virgílio Mandinga. A OMS esteve representada ao mais alto nível pela Representante, Dra. Françoise Bigirimana, que reforçou o forte empenho da organização em continuar a trabalhar e a apoiar os eventos e actividades organizadas pela "+VIDA".

Este ano, sob o lema "20 anos a celebrar a dádiva: Obrigado, dadores de sangue!", todos os oradores reconheceram o altruísmo, a empatia e a responsabilidade social dos dadores de sangue.

São Tomé e Príncipe aproveitou a oportunidade para agradecer oficialmente aos dadores de sangue mais regulares, oferecendo-lhes troféus, a fim de motivar mais pessoas a doar sangue.

Em 2023, o Banco de Sangue do Hospital Ayres de Menezes, em São Tomé e Príncipe, recebeu 1278 pedidos de transfusões de sangue que não foram todas respondidas positivamente.

Em São Tomé e Príncipe, a celebração deste 20º aniversário serviu como uma oportunidade para refletir sobre os progressos alcançados, os desafios e propor acções para o futuro, a fim de garantir transfusões de sangue seguras e acessíveis a todos.

O dia instituído pela OMS serve para sensibilizar as pessoas para a importância e a necessidade de sangue e para o papel dos dadores de sangue voluntários e gratuitos. A OMS destaca os serviços nacionais de transfusão de sangue, e o trabalho das organizações da sociedade civil para os programas de dadores de sangue.

A OMS tem apoiado São Tomé e Príncipe a melhorar a disponibilidade, a qualidade e a segurança do sangue através de acções de sensibilização, aconselhamento técnico e assistência financeira. Isto envolve o trabalho contínuo com a sociedade civil, como a associação +VIDA, para aumentar a sensibilização para as dádivas de sangue e para motivar o envolvimento de mais dadores de sangue. A OMS defende junto dos parceiros mais investimentos para reforçar as capacidades do banco de sangue no hospital HAM e na Região Autónoma do Príncipe.

A OMS recomenda "a recolha de 10 unidades de sangue por cada 1.000 pessoas" disse a Representante da OMS, Dra. Françoise Bigirimana, no entanto, o sangue disponível é muito limitado em São Tomé e Príncipe e em muitos outros países africanos. De acordo com os dados da AFRO, o continente Africano recolhe aproximadamente 5,2 unidades de sangue por cada 1.000 pessoas, em comparação com as "33 unidades de sangue por 1.000 pessoas recolhidas nos países desenvolvidos".

A transfusão de sangue desempenha um papel fundamental na prestação de cuidados de saúde que salvam vidas. As pessoas vulneráveis, como as mães durante o parto, as crianças subnutridas e afectadas pela malária, as vítimas de traumatismos e acidentes, os doentes com células falciformes e outras doenças crónicas, beneficiam particularmente destes cuidados.

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Edlena Barros
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