De acordo com o Caso de Investimento para o Controlo de Tabaco em Moçambique as mortes associadas ao tabaco por doença em País, de forma decrescente,  distribuem -se da seguinte forma: Tuberculose, Acidentes Cardiovasculares (AVC), Doenças do coração, Infecções Respiratórias, Doenças pulmonares, Diabetes, Cancros de traqueia e do pulmão, cancro de esófago, cancro do colo od útero entre outras causas.

No país 13.7 % dos adultos consomem produtos de tabaco, e a consequência imediata é que mais 50% de crianças com idades compreendidas entre 13 e 17 anos estão expostos ao fumo, isto é, são fumadores passivos. Os principais efeitos imediatos do tabaco nos fumadores passivos incluem a irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, dores de cabeça, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias, aumento do número de infecções respiratórias em crianças, e a elevação da pressão arterial.

Relativamente aos custos tanto para o Governo, famílias e para o sector produtivo destaca- se como custos directos a utilização de 900 milhões de Meticais em despesas de saúde, e 10.8 biliões de Meticais em perdas indirectas devido à mortalidade prematura e doença, intervalos para fumar no local durante o período laboral, absentismo no trabalho por doença própria ou de algum membro da família. 

No âmbito da implementação da Convenção Quadro do Controlo do Tabaco em Moçambique que recomenda a capacitação dos Deputados da Assembleia da República (AR) sobre os malefícios do tabaco na saúde pública e estratégias para redução do seu consumo. No dia 7 de Junho, uma equipa tecnica da OMS e colaboração com especialistas do Ministerio da Saúde, da Autoridade Tributaria e do programa das nações unidades para o desemvolvimento capacitaram Deputados da Assembleia da Republica (AR) – Parlamento, com o objectivos dar a conhecer a estes membros do poder legislativo, os efeitos nocivos do tabaco na vida socio- económica da sociedade e partilhar estratégias para redução do seu consumo.

Na capacitação particiaparam cerca de 19 Deputados da 1ª Comissão da AR, designada por Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade, da 3ª Comissão para os Assuntos Sociais, Género, Tecnologia e Comunicação Social e da 7ª Comissão – para as Relações Internacionais, Cooperação e Comunidades e funcionários da AR. As mesmas comissões estiveram envolvidas no processo que levou a ratificação da Convenção Quadro para o Contro do Tabaco por Moçambique em Julho de 2017. 

Reagindo aos efeitos nocivos do tabaco na saúde, a Presidente da 3ª Comissão da AR, Deputada Lucia Mafuiane, iniciou a sua alocução com a seguinte pergunta “será que os camponeses e as pessoas na comercialização do tabaco têm esta Informação? tendo adiantado que “Nós somos 250 Deputados distribuídos por todos os cantos deste País e temos o puder de influenciar as nossas comunidades e mostrar que o tabaco é uma arma letal para Moçambique. Neste sentido, pedimos que nos envolvam mais, que interajam mais convosco, reproduzam essa informação utiliza-la no trabalho com as comunidades”.

“As Nações Unidas têm uma enorme responsabilidade em apoiar o Governo a estabelecer uma colaboração multissectorial forte e funcional e esta formação é um dos exemplos concretos”. Dr. Severin von XYLANDER representante de Organizacao Mundial da Saude no país.

Mocambique realizou recentemente o seu Caso de Investimento para o Controlo de Tabaco e este recomenda como sendo primeiros passos a implementação de sete (7) intervenções até 2037, cuja implementação irá contribuir para salvar 53.300 vidas humanas e poupar 45 biliões de meticais. As intervenções são: (i) aumentar os impostos do tabaco; (ii) proibir a publicidade, o patrocínio e a promoção do tabaco; (iii) Implementar programas de apoio aos fumadores para cessação, (iv) Proteger as pessoas do fumo passivo do tabaco; (v) Rever as imagens nas embalagens do cigarro (vi) Consciencializar o público sobre os malefícios do tabaco e (vii) Usar embalagens simples. 

Segundo o Caso de Investimento para o controlo do tabaco em Moçambique. Por cada 1 metical investido em programas de controlo do tabaco, até 2027 retorno será de nove (9) meticais e 10 anos mais tarde o retorno será de 21 meticais.