Da Informação à Ação: Como os Gestores de Dados do PAV com o apoio da OMS estão a combater as doenças infantis em Moçambique

Da Informação à Ação: Como os Gestores de Dados do PAV com o apoio da OMS estão a combater as doenças infantis em Moçambique

Em meio aos desafios enfrentados no combate às doenças infantis em Moçambique, os gestores de dados do Programa Alargado de Vacinação, PAV, com a assistência da OMS desempenham um papel crucial, embora silencioso, na transformação de dados brutos em informação útil para a tomada de decisões informadas no combate a doenças preveníveis por vacinas. Note-se que a taxa de mortalidade infantil em Moçambique é de 39 óbitos de bebés por cada mil nascidos, segundo o último Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) 2022/2023, e que mostram um declínio significativo quando comparados aos últimos 5 anos onde que a mesma taxa estava na cifra de 60 por 1.000 nados vivos, conforme ilustra o gráfico abaixo

Neide Claúdia da Graça é técnica de medicina preventiva no posto de saúde de Zitundo no distrito de Matutuine em Maputo e encarregue pela gestão de dados. Ela alega que diariamente faz o registo dos pacientes particularmente as crianças que em fase de vacinação, através desses dados são feitas análises e definidas estratégias para melhorar os indicadores da cobertura vacinal da população local.

“Eu faço o registo das grávidas que vem fazer o pré-natal e daquelas que dão entrada com sinais de trabalho de parto. Logo após o parto, administramos a primeira vacina e ficamos com a localização e contacto delaspara fazer o seguimento das vacinas de rotina. Daí, ao final de um ciclo temos o número de crianças vacinadas e não vacinadas, a idade, vacinas em falta e outros dados. No caso de quebra vacinal, investigamos a razões, e que muitas vezes se devem à distância. Quando assim, reportamos ao PAV distrital ou provincial, e imediatamente fazemos brigadas móveis, palestras, mobilização social entre outras estratégias para recuperá-las, isso graças aos dados que colhemos diariamente”, disse a técnica Neide.

Neide também conta do caso recente em qua graças aos gráficos de monitoria instituídos no posto de saúde de Zitundo puderam verificar que uma comunidade estava a registar baixas coberturas de vacinação e puderam implementar as estratégias para recuperar as crianças e de tal modo evitar mortes e doenças preveníveis por vacinas.

“Durante a época chuvosa verificamos que não houve evolução da vacinação nos nossos gráficos, ou seja, houve muitos casos de crianças que faltaram as vacinações e muitos delas eram provenientes da comunidade da Gala. Entendemos que o abandono foi causado pelas chuvas intensas e decidimos fazer brigadas moveis e deste modo recuperamos as crianças que tinham vacinas em falta”, revelou.

Por sua vez, Edinildo João Ernesto oficial de Monitoria e avaliação do PAV na província de Nampula com mais de 14 anos de serviço fala da sua experiência na gestão de dados para a tomada de decisões informadas e desenho de novas estratégias para alcançar a maior cobertura vacinal e desta forma contribuir a redução dos casos de morbilidade, que é o indice de pessoas mortas em decorrência de uma doença específica dentro de determinado grupo populacional e de mortalidade infantil por doenças preveníeis por vacinas, bem como da importância de capacitações em Melhoria da qualidade de dados da PAV e sua réplica nas unidade sanitárias, que a OMS vem realizando.

“A gestão de dados de vacinação é muito importante para o PAV desde a sua colecta na unidas de sanitária, nas bridadas moveis e noutros fóruns pois permite a tomada de decisões informadas tendo em conta a tendência, cobertura, abstenções de vacinas de cada comunidade ou região, de desenhar estratégias sob a medida dos desafios locais para sanar problemas locais de tal modo a contribuir para a redução da morbimortalidade infantil por doenças preveníeis por vacina, que e o objectivo macro do PAV”, diz Edinildo.

Edinildo também revela que para que se saiba fazer o devido uso dos dados de vacinação para a tomada de decisões, é importante que se realizem oficinas de trabalho e formações regulares.

“Antes doda oficina de trabalho, fazíamos análises que se limitavam na cobertura vacinal, nas abstenções, no uso e disponibilidade de vacinas. Entretanto agora ficamos a saber e ter domínio no uso de ferramentas de recolha de dados, análise e interpretação dos mesmos e partilha de experiências e de lições aprendidas para a réplica com os colegas da província”.

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