Ministros da Saúde Aprovam Estratégia de Investigação para a Região Africana

Ministros da Saúde Aprovam Estratégia de Investigação para a Região Africana

N’Djamena, 25 de Novembro de 2015 – Os ministros da saúde da Região Africana da OMS aprovaram uma nova estratégia destinada a criar um ambiente político facilitador para a realização e utilização de investigação de alta qualidade, para satisfazer as enormes necessidades que existem na Região Africana em matéria de saúde. 

"Esta estratégia pretende reforçar as capacidades infraestruturais e humanas, proporcionar uma coordenação eficaz, melhorar a utilização das evidências para a política e as práticas e garantir um financiamento adequado. É preciso fazer mais investigação para encontrar soluções para os desafios que a Região enfrenta”, disse a Dr.ª Matshidiso Moeti, Directora Regional da OMS para a África.

A implementação desta estratégia levará ao desenvolvimento e reforço de sistemas nacionais de investigação sanitária (SNIS) funcionais que facilitem a geração e o uso da investigação para oferecer soluções para as necessidades sanitárias da Região. Isto requer uma abordagem multissectorial (educação, saúde, ciência e tecnologia, investigação e desenvolvimento) e integrada, que esteja alinhada com as prioridades regionais e nacionais no domínio da saúde. 

A investigação em saúde é fundamental para fornecer soluções baseadas em evidências que possam contribuir para as melhorias na saúde e no desenvolvimento que são necessárias. Como Região que carrega um pesado fardo de doenças transmissíveis e não transmissíveis e de traumatismos e cujos sistemas de saúde enfrentam grandes desafios, a Região Africana precisa de sistemas nacionais fortes de investigação em saúde, para a impulsionar para a consecução da cobertura sanitária universal, que, de outro modo, poderá sofrer atrasos. 

Tal como as coisas estão actualmente, os sistemas nacionais de investigação sanitária na Região – necessários para facilitar a realização e a utilização da investigação - são muito frágeis. Os investimentos na investigação em saúde são, por isso, insuficientes e a maior parte das actividades de investigação são impulsionadas por parceiros externos com agendas que nem sempre respondem as prioridades sanitárias dos países. Muitos países estão a enfrentar grandes desafios, no que diz respeito à formação e à retenção de investigadores. Os planos de estudo para a formação de profissionais de saúde são muito fracos em matéria de investigação, a carreira dos investigadores está mal definida e os incentivos à investigação são fracos. 

Consequentemente, apenas uma ínfima parte dos diplomados manifesta interesse na carreira de investigador, o que gera uma base insuficiente de investigadores habilitados. A isso se deve o fraco contributo da Região para a produção mundial na área da investigação e as limitações em matéria de instrumentos e produtos contra as doenças que afectam desproporcionalmente a Região. Esta Estratégia Regional de Investigação Sanitária pretende melhorar os sistemas nacionais de investigação em saúde, através de intervenções derivadas de recentes desenvolvimentos na esfera da investigação. 

A mensagem que ecoou nas Cimeiras Ministeriais Mundiais sobre Investigação Sanitária, em 2004 (México) e 2008 (Bamaco) e na Conferência Ministerial de Argel sobre Investigação Sanitária na Região Africana em 2008 e durante a aprovação da primeira estratégia mundial sobre investigação sanitária, em 2010,   nfoi a de que as políticas e as práticas em apoio da saúde se devem fundamentar no melhor conhecimento científico. 

A Estratégia Regional de Investigação Sanitária nasceu destes anteriores apelos à acção e foi agora aprovada pelos ministros da saúde da Região Africana da OMS, durante a reunião do Comité Regional que se realizou em N’Djamena, no Chade, de 23 a 27 de Novembro de 2015, encontrando-se agora pronta para ser implementada pelos Estados-Membros.

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Contactos do Comité Regional:

Dr. Martin Ota, Conselheiro Regional; Tel: +47 24139342; Email: kirijiaj [at] who.int (kirijiaj[at]who[dot]int)
Collins Boakye-Agyemang, Conselheiro Regional para as Comunicações; Tel: + 242 06 520 6565; Email: boakyeagyemangc [at] who.int (boakyeagyemangc[at]who[dot]int)
Jonas Naissem, Oficial de Comunicações do Chade; Tel: +235 52 3805; Email: naissemj [at] who.int (naissemj[at]who[dot]int)