Os ministros da saúde presentes na 66.ª sessão do Comité Regional mostram-se a favor de um reforço da luta contra as doenças não transmissíveis 

Adis Abeba, 19 de Agosto de 2016 – Os ministros da saúde da Região Africana da OMS aprovaram hoje uma estratégia que permitirá aos Estados-Membros da Região melhorar a saúde buco-dentária das populações e contribuir para a luta contra as doenças não transmissíveis em geral.

“Os problemas buco-dentários afectam a qualidade de vida das pessoas que deles padecem e o seu tratamento é oneroso para os indivíduos, as comunidades e os países. No entanto, existem intervenções eficazes e comportáveis, que podem ser realizadas nos locais onde vivem as populações. São acções que podem ser realizadas nas escolas, nos meios comunitários e nas unidades de cuidados de saúde primários pelo pessoal de primeira linha”, declarou a Dr.ª Matshidiso Moeti, Directora Regional da OMS para a África.

A Dr.ª Moeti propôs que até 2025, se ponha fim à progressão das cáries dentárias nas crianças e adolescentes. Durante o mesmo período, a percentagem da população que usa diariamente pasta de dentes com flúor para evitar a cárie dentária deve aumentar em, pelo menos, 25%. Foi recomendado que, pelo menos, 10% das unidades de cuidados de saúde primários possam fornecer cuidados buco-dentários essenciais e sem riscos para a saúde. A Dr.ª Moeti gostaria igualmente que, pelo menos, 50% da população que necessite de receber cuidados buco-dentários possa a eles ter acesso.

Actualmente, o número de pessoas que sofrem de afecções buco-dentárias na Região é elevado. Noventa por cento destas afecções não são tratadas e a taxa de cobertura dos adultos que procuraram cuidados buco-dentários adequados oscila entre os 21% e os 64% na Região. Esta situação explica-se pela repartição desigual dos profissionais de saúde buco-dentária e pela falta de estabelecimentos adequados.

A estratégia fornece uma série de intervenções prioritárias que colocam a tónica na prevenção dos factores de risco comuns às doenças não transmissíveis, e que incluem, entre outros, o tabagismo, o consumo nocivo do álcool e uma alimentação pouco saudável e com alto teor de açúcar.

A sua implementação baseia-se em princípios orientadores que implicam uma forte participação da comunidade, a intervenção de actores de outros sectores que não o da saúde, e a disponibilização de serviços de saúde buco-dentária acessíveis a todos.

A saúde buco-dentária é cada vez mais reconhecida como sendo uma grande preocupação de saúde pública na Região Africana, tendo em conta o aumento do fardo das doenças não transmissíveis.

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Para mais informações, contacte: 

Dr. Benoît Varenne, Conselheiro Regional em Saúde Buco-dentária da OMS/AFRO; email : varenneb [at] who.int (varenneb[at]who[dot]int)

Fabienne Aboua, Responsável pela Comunicação, OMS/AFRO; email: abouaf [at] who.int (abouaf[at]who[dot]int)  

Collins Boakye-Agyemang, Conselheiro Regional de Comunicação, OMS/AFRO; Telefone: + 242 06 520 6565; email: boakyeagyemangc [at] who.int (boakyeagyemangc[at]who[dot]int)   
Loza Mesfin Tesfaye, Responsável pela Comunicação, OMS/AFRO; Telefone: +251 911 144 194; email: tesfayel [at] who.int (tesfayel[at]who[dot]int) 

Pieter Desloovere, Consultor em Comunicação, OMS/AFRO; email: deslooverep [at] who.int (deslooverep[at]who[dot]int) 

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 Sexagésima sexta sessão do Comité Regional da OMS para África