Iniciou o principal Fórum Africano de Saúde para enfrentar os maiores desafios da actualidade

Iniciou o principal Fórum Africano de Saúde para enfrentar os maiores desafios da actualidade

Lomé – O Presidente da República do Togo, S. Ex.ª Faure Essozimna Gnassingbé, inaugurou a septuagésima segunda sessão do Comité Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África com a presença de Ministros da Saúde Africanos e representantes do Governo. O principal encontro de saúde pública realizado anualmente na Região irá discutir e chegar a um acordo sobre as medidas para reduzir o fardo das doenças, procurar as formas de reduzir os factores que motivam os problemas de saúde e aprovar as estratégias para promover o acesso aos serviços de saúde e o bem-estar das pessoas.

A reunião, que decorre de 22 a 26 de Agosto de 2022, - a primeira realizada no formato presencial desde o início da pandemia de COVID-19 - está a ter lugar em Lomé, a capital do Togo, um país líder na Região em relação à maneira inovadora como responde aos problemas de saúde. O Togo é o primeiro país no mundo a ser reconhecido pela OMS pela eliminação de quatro doenças tropicais negligenciadas: a filaríase linfática (vulgarmente conhecida como elefantíase); a tripanossomíase humana africana (ou a doença do sono); a tracoma (uma infecção ocular que pode causar cegueira irreversível); e a dracunculose.

O Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Director-Geral da OMS, entregou a S. Ex.ª Faure Essozimna Gnassingbé, Presidente da República do Togo, um certificado por ter eliminado as quatro doenças tropicais negligenciadas.

"Agradeço o apreço demonstrado em relação ao meu país pela conquista alcançada na eliminação das doenças tropicais negligenciadas", disse o Presidente Gnassingbé. “Em África, como em qualquer outra parte do mundo, temos de enfrentar os desafios actuais (da saúde), mas mais ainda agir, agir para garantir o acesso aos cuidados de saúde de qualidade para todos, em todo o lado e em todos os momentos. Agir para proporcionar uma protecção social e uma Cobertura Universal de Saúde (CUS) a todos os cidadãos e agir para pôr fim à contrafacção e aos medicamentos de má qualidade. Claramente, temos muito o que fazer”.

Desde o seu início, a pandemia da COVID-19 teve um impacto profundo na prestação de serviços de saúde em toda a Região Africana, devastando as economias, as vidas e os meios de subsistência. No entanto, os tremores provocados pela COVID-19 também estão a inspirar novos esforços no sentido de repensar e reconstruir os sistemas de saúde, para não só resistir melhor ao impacto das situações de emergência de saúde, mas também para aumentar de forma significativa a qualidade e a acessibilidade aos serviços de saúde.

“Investir no sistema de saúde em África é fundamental para alcançarmos as nossas metas de desenvolvimento. Este investimento deve ser substancial e estratégico para a saúde e a segurança económica mundial", disse S. Ex.ª Minata Samate Cessouma, Comissária para a Saúde, Assuntos Humanitários e Desenvolvimento Social da União Africana   

Para além da COVID-19, a Região Africana também está a combater outros desafios sanitários provocados por surtos de doenças transmissíveis, crises humanitárias, choques climáticos, assim como pelo fardo crescente de doenças crónicas, como o cancro e a diabetes. Todos os anos, a Região enfrenta mais do que 100 situações de emergência de saúde, mais do que em qualquer outra região do mundo.

“Apelamos a todos os Estados-Membros para que façam uma mudança urgente de paradigma no sentido de promover a saúde e o bem-estar e prevenir as doenças, abordando as suas causas fundamentais e criando as condições para a saúde prosperar”, disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Director-Geral da OMS.

Os Ministros da Saúde e os delegados ao Comité Regional irão discutir e aprovar as principais estratégias e campanhas de lançamento sobre a prevenção das doenças. Os Estados-Membros irão apoiar medidas para reforçar a resposta a situações de emergência e promover a utilização de soluções tecnológicas para enfrentar os desafios sanitários, com base nas lições aprendidas da resposta à pandemia da COVID-19.

“A equidade é um factor-chave nos resultados da saúde, em África e a nível mundial. Nada demonstrou melhor a urgência de a abordar de forma abrangente e eficaz do que esta pandemia,” disse a Dr.ª Matshidiso Moeti, Directora Regional da OMS para África. “A desigualdade é um factor essencial de vulnerabilidade a doenças e enfermidades. Gostaria de instar que esta questão seja abordada colectivamente, colocando-a no centro da nossa acção em matéria de saúde.”

Cerca de 700 participantes, incluindo representantes de agências das Nações-Unidas, de organizações não-governamentais, da sociedade civil, dos meios académicos e dos parceiros do desenvolvimento, estão a assistir presencial ou virtualmente à reunião de cinco dias em Lomé.

O Comité Regional é o órgão decisório da OMS na Região Africana e reúne-se uma vez por ano para discutir e aprovar as políticas, as actividades e os planos financeiros regionais para melhorar a saúde e o bem-estar das populações.

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