São Tomé e Príncipe atinge o objectivo global para a vacinação contra a COVID-19, vacinando mais de 10% da sua população.
São Tomé, 30 de Setembro de 2021 - São Tomé e Príncipe vacinou de forma completa, isto é, com as duas doses, 10% da sua população contra a COVID-19, atingindo o objectivo global de Setembro pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que visa alargar e acelerar a vacinação e ajudar a inverter o alastramento da pandemia.
"Estamos encantados por São Tomé e Príncipe ter atingido esta importante meta a tempo do fim de Setembro", disse a Representante da OMS em São Tomé e Príncipe, Dra. Anne Ancia. "Isto demonstra grande liderança política ao mais alto nível, muito trabalho e dedicação dos profissionais envolvidos na administração da vacina, e o empenho da populaçõ em proteger-se a si própria e aos seus entes queridos, da COVID-19".
Em Maio de 2021, o Director-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, estabeleceu a meta global de 10% das populações de todos os países a serem imunizadas até finais de Setembro; 40% até finais de Dezembro; e 70% até meados de 2022.
São Tomé e Príncipe recebeu até agora um total de 197 500 doses de vacinas COVID-19, 48 500 das quais da Parceria COVAX, uma iniciativa multilateral destinada a garantir o acesso global a vacinas contra a COVID-19 com vista a salvar vidas humanas; 49 000 doses da República de Portugal, e muito recentemente 100 000 doses foram doadas pela República da China. Deste total, o país já administrou 91457 doses, tendo já vacinado completamente 22 120 pessoas do total de 220 000 hbitantes, e vacinou outras 66202 pessoas com uma rpimeira dose da vacina.
Desde o início da pandemia, o país tem trabalhado arduamente para assegurar a protecção da população contra esta doença mortal. Quando as vacinas foram comprovadas como seguras, eficazes, e disponíveis, São Tomé e Príncipe fez parte dos primeiros países africanos a serem considerados como prontos a iniciar uma campanha de vacinação, e a receber vacinas da parceria Covax. Desde 15 de Março de 2021, profissionais do Ministério da Saúde, apoiados pela OMS; UNICEF e outros parceiros bilaterais e multilaterais, têm vindo a trabalhar incansavelmente para administrar as vacinas disponíveis, começando pelas pessoas de maior risco: - os profissionais na linha da frente da resposta e - as pessoas com maior probabilidade de desenvolver as formas graves da doença. Foi a determinação do país que permitiu alcançar a meta de 10% estabelecida pela OMS. O passo seguinte é acelerar e expandir a vacinação para que a próxima meta: vacinar 40% da população até Dezembro de 2021 possa também ser atingida. Na realidade, o Ministério da Saúde pretende vacinar 70% da população até Março de 2022.
As metas globais foram estabelecidas para atingir marcos críticos nas respostas dos países à vacina COVID-19. 10% da população imunizada deve oferecer protecção aos mais vulneráveis; 40% devem manter seguras as populações prioritárias, tais como trabalhadores da saúde, idosos e pessoas com comorbidades, e 70% permitiria a rebertura de todas as actividades economicas.
Quase 90% dos países de rendimento alto já atingiram a meta de 10%, e mais de 70% já atingiram a meta de 40%. Entre estes, contudo, apenas 16 países do continente africano atingiram a primeira meta e três países atingiram a meta de 40%.
A escassez da oferta de vacinas em África entre os meses de Abril e Julho deste ano causou incerteza e insegurança entre os países, o que acabou por ter um impacto na disponibilização de vacinas. A par de estrangulamentos operacionais e de alguma hesitação na vacinação, apenas 60 milhões de pessoas em África, ou 4,3% da população, foram totalmente vacinadas contra a COVID-19 a partir de 20 de Setembro de 2021.
Para além do trabalho árduo de Sao Tome e Principe na liderança da campanha de vacinação, temos também de agradecer a todos os parceiros que ajudaram o pais a atingir a meta de 10 %: OMS, GAVI, UNICEF, CEPI e os mutiplos parceiros da iniciativa COVAX no mundo inteiro, o Banco Mundial, a República de Portugal e da China que ofereceram vacinas e a União Africana que irá fornecer mais 150 000 doses de vacinas nas próximas semanas. É trabalhando em conjunto que os objectivos podem ser atingidos, e que as pessoas em São Tomé e Príncipe, como no resto do mundo, possam ser melhor protegidas.