Relatório da Directora Regional 21 - Conclusão e perspectivas futuras

Report of the Regional Director 2021 - Conclusion

Header

Conclusão e perspectivas futuras

No próximo ano, a COVID-19 e o acesso a produtos essenciais continuarão, provavelmente, a ser problemas marcantes na saúde mundial, sobretudo nos países de baixo e médio rendimentos, onde há um atraso no acesso a vacinas. Espera-se que as doses disponíveis aumentem acentuadamente nos próximos meses, à medida que as maiores economias do mundo começam a partilhar os seus excedentes. As actividades de sensibilização que promovem o acesso equitativo a produtos vitais, como vacinas, devem continuar a ser uma prioridade, para que os grupos de maior risco em todos os países sejam protegidos em primeiro. Isto aplica-se à COVID-19 e a outros importantes problemas de saúde.

Os países da Região Africana carregam um fardo desproporcionado de ameaças à saúde, como o paludismo, o VIH, a tuberculose, as doenças tropicais negligenciadas e as doenças de potencial epidémico, como a febre-amarela, o Ébola e a cólera. É do interesse de todos os países a nível mundial neutralizar estas ameaças.

No processo de recuperação desta pandemia, deve-se realçar a solidariedade internacional e as fortes instituições multilaterais, de modo a tirar partido da colaboração em torno da COVID-19 para fazer avançar a cobertura universal de saúde e os objectivos de desenvolvimento sustentável.

No processo de recuperação desta pandemia, deve-se realçar a solidariedade internacional e as fortes instituições multilaterais, de modo a tirar partido da colaboração em torno da COVID-19 para fazer avançar a cobertura universal de saúde e os objectivos de desenvolvimento sustentável. Novas plataformas, como o mecanismo COVAX e o Portal de Abastecimento das Nações Unidas são bons pontos de partida que podem ser ainda melhorados para contribuírem para a resiliência e uma rápida resposta ao nível mundial.
Na sequência de crises sanitárias passadas, tiraram-se algumas ilações, mas, de modo geral, o mundo voltou ao normal, como se nada fosse. A COVID-19 deve ser encarada como uma oportunidade para mudar esta narrativa e para se investir a sério em medidas de preparação e mitigação em todos os sectores para nos protegermos contra choques futuros. Isto exige que todos os países trabalhem em conjunto, façam um balanço da situação interna e dêem prioridade à melhoria das condições de vida dos membros mais marginalizados das nossas comunidades.
As populações jovens e talentosas de todos os países africanos constituem um recurso formidável que deve ser dotado e habilitado para que possam encontrar soluções locais inovadoras para fazer avançar a saúde e o desenvolvimento. Os governos precisam de criar o espaço e os sistemas necessários para que estas inovações sejam desenvolvidas e implementadas. As parcerias com o sector privado, as organizações da sociedade civil e os meios académicos serão vitais para mobilizar os recursos e as redes necessárias para acelerar a melhoria dos resultados na saúde.
A COVID-19 deve ser encarada como uma oportunidade para mudar esta narrativa e para se investir a sério em medidas de preparação e mitigação em todos os sectores para nos protegermos contra choques futuros.
A OMS continua empenhada em apoiar os Estados-Membros da Região Africana da OMS e o resto do mundo, para salvar vidas, promover a saúde e servir os mais vulneráveis.