Maputo, 13 de Março de 2020 – O Ministro da Saúde, Professor Doutor Armindo Tiago, disse que Moçambique necessita de aproximadamente 5 milhões de dólares americanos para a implementação do Plano de Contingência para a preparação e resposta ao COVID -19.

O Ministro da Saúde falava na quarta-feira, em Maputo, num encontro que manteve com os membros do Corpo Diplomático baseados em Moçambique, doadores e parceiros do sector da Saúde.  O encontro teve como objectivos apresentar o Plano de Preparação e Resposta ao COVID 19, assim como lançar um apelo para a contribuição dos parceiros.

O Plano abrange sete áreas nomeadamente: (i) Coordenação; (ii) Vigilância Epidemiológica; (iii) Vigilância Sanitária; (iv) Laboratório; (v) Manejo de casos; (vi) Controlo de infecções e (vii) gestão de resíduos; (viii) Comunicação e mobilização social.

Ladeado pela Vice-Ministra da Saúde, Dra Lídia Cardoso, e pela Representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dra. Djamila Cabral, o Ministro da Saúde recordou na ocasião que o encontro de discussão da prontidão da preparação da resposta ao COVID 19, realiza-se num quadro de um Sistema de Saúde frágil, confrontado com o duplo fardo das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, que agora corre o risco de ser sobrecarregado se se registarem casos de COVID 19.  

Para o Ministro da Saúde uma das áreas mais críticas são os locais do isolamento adequados, pois as actuais infraestruturas sanitárias não respondem às exigências para este tipo de doenças. 

A maioria dos parceiros respondeu positivamente. Uma parte comprometeu -se a redirecionar os fundos já alocados ao Ministério da Saúde (MISAU) para responder às necessidades do COVID. A outra parte dos parceiros e doadores informou ter já iniciado um trabalho com as suas sedes e Governos no sentido de prestar apoio à Moçambique no âmbito da preparação e resposta ao COVID 19.  

A interacção entre os participantes e o Ministro da Saúde focalizou na necessidade de manter uma comunicação permanente; nas modalidades de quarentena; nos critérios para incluir os países na lista daqueles cujos passageiros provenientes dos mesmos deverão ser submetidos à quarentena de 14 dias; na situação das províncias e na capacidade do Pais, incluindo laboratorial, para fazer face a esta situação.  

Participaram no encontro embaixadores, chefes das agências das Nações Unidas, responsáveis de cooperação, dirigentes do sector da Saúde, responsáveis de clínicas privadas e Organizações Não Governamentais (ONGs).