Moçambique introduz a vacina R21 contra a Malária, um progresso fundamental que previne a saúde infantil contra a doença e salva-vidas

Moçambique introduz a vacina R21 contra a Malária, um progresso fundamental que previne a saúde infantil contra a doença e salva-vidas

Maputo - Moçambique dá hoje um passo importante na prevenção da malária entre as crianças vulneráveis com a introdução da vacina contra a malária denominada R21, que irá reduzir milhares de casos de malária e salvar a vida de milhares de crianças todos os anos, onde uma criança morre de malária a cada minuto em África.

Através da Gavi, a Aliança das Vacinas, e do cofinanciamento do Governo de Moçambique, o país dispõe de cerca de 800.000 doses da vacina contra a malária para o Programa Alargado de Vacinação, visando imunizar cerca de 300.000 crianças na primeira fase, que começa em 5 de agosto de 2024. A vacina foi distribuída em 22 distritos da província da Zambézia e será administrada em um esquema de 4 doses, com a primeira dose abrangendo crianças de 6 a 11 meses de idade.

"A vacina contra a malária, que está a ser lançada hoje inicialmente na Zambézia, é uma das mais recentes abordagens na luta contra a doença", disse o Dr. Armindo Tiago, Ministro da Saúde. "A escolha da Zambézia como local de lançamento deve-se à elevada incidência da doença na província. A vacina será administrada em quatro doses com o objetivo de reduzir a doença grave da malária e a morte."

A vacina R21 é segura, eficaz e recomendada pela OMS. A vacina R21, quando administrada na imunização infantil, reduz mais de metade dos casos de malária (até 66%) em crianças durante o primeiro ano de acompanhamento e prolonga a proteção com a quarta dose da vacina. Esta vacina representa um avanço para a saúde infantil, controlo da doença e redução da mortalidade infantil em Moçambique, onde a malária é uma doença endémica, cuja prevalência em crianças menores de 5 anos de idade é de 32% (IDS 2022-2023).

“A introdução desta nova vacina contra a malária no programa de vacinação infantil em Moçambique é também um acontecimento histórico porque é o resultado da investigação e dos ensaios efectuados por cientistas de Moçambique em Moçambique que levaram ao desenvolvimento da primeira vacina deste tipo, a vacina RTS,S. Esse trabalho pioneiro estabeleceu as bases para que a OMS recomendasse as vacinas RTS,S e R21 para a vacinação infantil desde 2021”, Dr  Severin von Xylander, Representante da OMS Moçambique.

A introdução da vacina contra a malária em Moçambique eleva para 11 o número de países no continente africano que oferecem estas vacinas. Sendo que oito países dispõem da vacina RTS,S e três países incluindo Moçambique dispõem da vacina R21, como parte dos programas de imunização infantil, ampliando o acesso a uma prevenção mais abrangente contra a doença.

A malária continua a ser um enorme desafio para a saúde na região africana, que engloba 11 países que representam aproximadamente 70% do peso mundial da malária. A região foi responsável por 94% dos casos de malária a nível mundial e 95% de todas as mortes por malária em 2022, de acordo com o Relatório Mundial sobre a Malária de 2023.

Paralelamente à vacina, os esforços para a prevenção contra a malária devem continuar. Precisamos aumentar a cobertura e o uso de Redes mosquiteiras Tratados com Inseticida (RTI), onde apenas 57% dos agregados familiares em Moçambique têm pelo menos um RTI.

A Gavi, o UNICEF, a OMS e os parceiros de cooperação estão a apoiar o Ministério da Saúde na preparação, aceitação e introdução da vacina contra a malária. Este apoio vai desde o desenvolvimento de planos de implementação da vacina, estratégias de comunicação, realização de formações para profissionais de saúde e envolvimento da comunidade, até à garantia de capacidade suficiente da cadeia de frio.

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