Progress report African region 21 - 2.8. Testing and laboratory capacity - PT

2.8 Capacidades de testagem e laboratoriais
2.8 Capacidades de testagem e laboratoriais

A testagem de agentes patogénicos desempenha um papel fundamental na detecção de casos, e o isolamento do doente, rastreio dos contactos e quarentena constituem os elementos- chave para quebrar as cadeias de transmissão da COVID-19. Os testes de amplificação do ácido nucleico (NAATs), considerados como o padrão, continuam a ser utilizados para detectar o SARS-CoV-2 nas populações. Entretanto, em 2021, assistimos a um aumento da utilização dos testes rápidos de diagnóstico (Ag-RDT) para complementar os testes de PCR na Região

FIGURA 10:Percentagem de países que realizaram pelo menos 10 testes por cada 10 000 habitantes durante as últimas três semanas de 2021
Figura 10

A Região Africana da OMS realizou mais de 27 milhões de testes laboratoriais no primeiro semestre de 2021, representando quase 50% de todos os testes (58 milhões) realizados desde o início da pandemia. A Região Africana tem passado por vagas da pandemia com aumentos e diminuições periódicos de casos. Nos primeiros seis meses de 2021, vários países sofreram a terceira vaga de COVID-19. Com base em dados até 30 de Junho, o número de testes aumentou para satisfazer a procura gerada por esta terceira vaga, com 16 países a efectuar a testagem dentro do parâmetro universal de 10/10 000 habitantes por teste. Isto significou um aumento de 45% no número de países em Janeiro de 2021 que atingiram este parâmetro, sendo que 50% desses países apresentaram baixas taxas de positividade (5%).

A recente listagem do uso preferencial do Ag-RDT para situações de emergência no final de 2020 proporcionou à Região um dispositivo simples e de baixo custo para aumentar a testagem. Embora a adesão tenha sido lenta, até Novembro de 2020, o Escritório Regional da OMS para a África e os parceiros distribuíram mais de 22 milhões de Ag-RDT. Dez países - Angola, Burúndi, Cabo Verde, Camarões, Congo, Gâmbia, Maurícia, Nigéria, República Democrática do Congo e Zimbabué – comunicaram regularmente à OMS dados de testes laboratoriais. No Zimbabué, os Ag-RDT tornaram-se o pilar dos testes para o SARS-CoV-2 durante a segunda vaga da pandemia (Dezembro de 2020 a Março de 2021). O seu uso alargado ajudou a praticamente quadruplicar a capacidade de testagem do país, o que se revelou crucial para conter o ressurgimento. Na República Democrática do Congo, os Ag-RDT foram distribuídos em cinco províncias e 15 distritos, permitindo efectivamente a realização de testes em locais de difícil acesso com infra-estruturas limitadas. Para promover ainda mais o uso do Ag-RDT, a OMS-AFRO dispensou formação a 37 países em três línguas, abrangendo mais de 700 pessoas. Estas formações estão programadas para continuar, com incidência na capacitação prática ou virtual de pequenos grupos, como forma de optimizar a experiência pedagógica. À medida que a utilização da Ag-RDT na Região aumenta, o Escritório Regional da OMS para a África, em conjunto com os parceiros, está a trabalhar com a política dos fabricantes e as partes interessadas para expandir a sua utilização e permitir o uso abrangente desses testes em África.

QUADRO 4: Dados de teste que cobrem o primeiro semestre até 30 de Junho de 2021
Quadro 4

* Dados relativos às semanas 1 a 25 de 2021

 
Identificar e combater as variantes da COVID-19

No final de 2020, a identificação de variantes do vírus SARS-CoV-2 com maior transmissibilidade reforçou a necessidade da OMS-AFRO de acelerar a vigilância genómica na Região. Uma maior capacidade regional de sequenciação do genoma do vírus foi crucial para determinar a incidência de variantes preocupantes do vírus nos países, informação que é utilizada para informar as respostas de saúde pública no combate à COVID-19. No final de 2020, o Escritório Regional da OMS para a África e o CDC de África lançaram uma rede de 12 laboratórios regionais de sequenciação para apoiar países com capacidade limitada no combate à variante em circulação. Até Junho de 2021, esta rede tinha caracterizado geneticamente cerca de oito mil vírus na Região, um aumento 1,75 vezes maior em comparação com um período de tempo semelhante no final de 2020. Para garantir a continuidade do serviço, o Escritório Regional da OMS para a África apoia os países no envio de amostras para os laboratórios da Rede de Sequenciação, dota laboratórios da rede com equipamento e reagentes, fornece orientações técnicas e presta apoio financeiro. O Escritório Regional da OMS para a África apoia também a introdução da despistagem da COVID-19 através de testes de PCR, para complementar a sequenciação genética e garantir uma rápida identificação do vírus em circulação.

WHO / Blink Media – Nana Kofi Acquah

WHO / Blink Media – Nana Kofi Acquah

 
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