Progress report African region 21 - 2.9. Points of entry, surveillance and geographic information systems - PT
O Escritório Regional da OMS para a África investiu no aumento da capacidade da Região em utilizar técnicas híbridas integradas de detecção remota, GPS, SIG e gestão de informação para mapear a variação espacial da vigilância para o controlo e gestão pandémicos, para verificar a incidência da doença nos grupos sociais e áreas geográficas, quantificar as necessidades em termos de materiais, e encurtar as distâncias e os tempos de distribuição.
Envolver os países vizinhos em estratégias conjuntas de vigilância e controlo epidémicos foi um objectivo importante do Escritório Regional da OMS para a África durante este semestre. O pólo sub-regional do Escritório Regional da OMS para a África em Dacar – em parceria com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a AFENET e o CDC de Atlanta – realizou cinco sessões de diálogo e formação para as autoridades em contextos transfronteiriços no Gana, Nigéria, Togo, Benim, Senegal, Guiné-Bissau, Gâmbia, Serra Leoa e Mali. Trata-se de uma questão-chave na gestão da doença no contexto africano, principalmente porque a migração transfronteiriça tradicional implica a movimentação cultural ou sazonal da população, que pode não ter qualquer relação com as fronteiras nacionais ou oficiais.
Neste sentido, a experiência recente com o vírus do Ébola levou ao reforço do diálogo entre autoridades de saúde quanto à questão migratória, servindo para reforçar durante o último semestre a transmissão de informação e as mensagens, assim como a harmonização das práticas de combate e prevenção, tais como a aceitação de testes de PCR ou antigénio, procedimentos e práticas para as autoridades nos pontos de entrada, rastreio de contactos e informação para pontos focais. Além disso, a OMS colaborou com organizações como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), por forma a garantir que a transumância – migração sazonal das comunidades pastoris – fosse contemplada nas medidas de saúde e segurança humanas e animais, de maneira a evitar a transmissão entre os seres humanos e os animais, o que poderia comprometer ainda mais a segurança alimentar.