Infelizmente hoje em dia a província de Cabo Delgado no Norte de Mozambique é mais conhecida, por ser onde decorre um conflicto que inquieta o resto do país e a região. Mas a mesma é casa de saúde profissionais extremamente empenhados em salvar vidas humanas, através de um trabalho crucial de medicina preventiva. 

Em um dos gabinetes do centro de saúde Eduardo Mondlane nos arredores da Cidade de Pemba, Rosimin Afonço jovem mãe de uma bebé de 4 meses, e técnica de medicina preventiva - desde 2021, na direção distrital de saúde da cidade de Pemba, começa a introduzir dados relativos a doenças de notificação obrigatória, no Sistema de informação de Saúde para Monitorização e Avaliação (SIS-MA) desde as 6 da manhã. “Esta semana estamos em campanha de vacinação contra COVID-19, por isso eu tenho que chegar muito cedo e introduzir os dados no sistema”. Diz Rosimin

A jovem técnica explica a razão que lhe inspira a fazer este trabalho.” Eu tenho um irmão que é técnico de medicina preventiva. Eu me apaixonei pelo trabalho uma vez que o vi a vacinar crianças. Desde esse dia eu decidi que esse era o trabalho que eu queria fazer” Acrescenta Rosimin

Apesar do seu empenho, nem sempre foi fácil executar as sua tarefas diárias. “Antes de receber o computado doado pela OMS, eu utilizava o computador do responsável pela Repartição de Controlo de Doenças na Direção Distrital de Saúde. Isto quer dizer que eu só podia introduzir dados quando ele estivesse disponível para me emprestar o laptop. Era muito difícil trabalhar desta forma. Hoje em dia eu atualizo os dados no SIS-MA a qualquer momento, porque tenho o meu próprio computador”.

Rosimin Afonco, que trabalha no programa de vigilância Epidemiológica do distrito de Pemba, foi uma das profissionais de saúde que beneficiou da doação de material informático, no âmbito do apoio técnico e financeiro prestado pela OMS para a vigilância baseada na comunidade. Esta doação foi possível graças ao financiamento recebido pela Cooperação Suíça de Desenvolvimento.

Os sistemas de vigilância geram dados que ajudam os funcionários da saúde pública a compreender as doenças infecciosas e não infecciosas existentes e emergentes. A vigilância proporciona uma compreensão do calendário e da distribuição de uma doença específica, de modo a que sejam tomadas medidas práticas de intervenção para reduzir os impactos e alcançar os objectivos desejados de gestão da doença, tais como o controlo ou a eliminação do sarampo o a cólera.

Esta, jovem profissional acredita que a medicina preventiva tem um papel crucial na redução de doenças de modo geral e o trabalho dela não se limita na introdução de dados como explica. ” Eu trabalho em alerta de doenças de notificação obrigatória como a (diarreia, malaria, cólera e sarampo entre outras), a sensibilização para o respeito das medidas de prevenção contra COVID-19 através de palestras, faço distribuição de purificador de água da marca CERTEZA  ”