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A Região Africana da OMS enfrenta, neste momento, um ressurgimento da difteria, uma doença rara e mortal, com cinco surtos activos actualmente na África do Sul, na Guiné, na Mauritânia, no Níger e na Nigéria. Angola, República Centro-Africana, Chade, Congo, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Etiópia, Madagáscar, Mali, Somália e Sudão do Sul foram identificados como os países mais vulneráveis à doença, suscitando preocupações sobre a sua potencial transmissão. Apesar dos progressos significativos verificados no acesso a cuidados de saúde, historicamente muitos Estados-Membros têm tido uma cobertura vacinalinsuficiente contra a difteria, que ficou ainda mais reduzida durante a pandemia de COVID-19. A OMS pretende compreender os riscos que correm outros Estados-Membros e dar prioridade a medidas de prevenção de surtos.

Para abordar estas questões, e de acordo com o seu mandato de fornecer orientações aos Estados-Membros sobre questões relacionadas com políticas de saúde, o Escritório Regional da OMS para a África (AFRO) elaborou orientações detalhadas sobre preparação e resposta da saúde pública a surtos de difteria. Este documento fornece recomendações operacionais actualizadas que foram revistas por peritos na matéria e que se baseiam em dados factuais disponíveis e avaliados sistematicamente em termos de qualidade, usando a metodologia de Classificação de Recomendações, Análise, Desenvolvimento e Avaliações e experiência no terreno (da Região do Pacífico Ocidental, por exemplo). Este guia técnico foca-se nos principais pilares de resposta, bem como na preparação nos países vulneráveis, aborda a potencial transmissão da doença e fornece orientações sobre questões relacionadas com políticas de saúde destinadas aos Estados-Membros.