OMS apoiou a recuperação de cerca de 860 mil crianças com Zero Dose e Sub-imunizadas em 74 distritos de Moçambique

OMS apoiou de 05 a 10 de Fevereiro a primeira ronda da Campanha de Vacinação de recuperação de crianças dos 0 aos 23 meses e dos 24 aos 59 meses, com zero dose e sub-imunizadas em 74 distritos das províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Manica e Sofala.

Esta campanha realizou-se em resposta do Ministério da Saúde com apoio dos parceiros da GAVI, UNICEF, OMS e Bill & Melinda Foundation, para a recuperação da imunização de rotina dado ao declínio da cobertura vacinal que Moçambique que se registou entre os anos 2019 a 2022.
Neste âmbito, foram mapeadas 840 438 crianças para campanha de vacinação, das quais, cerca de 118 mil crianças dos 24 aos 59 meses tinham zero dose e 308 mil da mesma faixa etária, estavam sub-imunizadas. Da meta estabelecida, foram vacinadas 866.000 (102%) crianças, das quais cerca de 258 mil são zero dose e 608 mil são sub-imunizadas, o que significa que a meta foi ultrapassada para 102%. 


Longas distâncias entre unidade sanitária e as comunidades desafiam o cumprimento vacinal das crianças

No Centro de saúde Anexo ao Hospital psiquiátrico, em Nampula, encontramos a pequena Maiza Dinis Alberto de dois anos, com algumas vacinas em falta, acompanhada de sua mãe.

A mãe da Maiza que a sua casa dista cerca de 5 km da sua residência e por causa dos seus afazeres diários, torna-se difícil ir a o hospital com frequência, mas tirou o dia, para aproveitar ir ao hospital com a sua filha para apanhar as vacinas que tinha em falta.
Alzira Toqueleque, Técnica de Medicina Preventiva do mesmo centro de saúde, revelou-nos algumas possíveis causas de existirem muitas crianças não vacinas, mas que a primeira ronda de vacinação foi muito afluída e que chegaram a receber mais de 1000 crianças com zero dose e muitas outras com vacinas em falta.

“Uma das razões por detrás dos baixos nível de cobertura vacinal é a falta de cumprimento dos cuidadores das crianças, as consultas nas unidades sanitárias particularmente na época chuvosa, pois sendo a agricultura a principal actividade praticada pelos habitantes do raio da unidade sanitária, alguns não levam os seus filhos para a toma das vacinas durante os meses de chuva”, disse a técnica Alzira.

Entretanto, com a campanha conseguiu-se mapear, sensibilizar e mobilizar os cuidadores para aderirem as unidades sanitárias e brigadas moveis para levarem as crianças dos 0 aos 59 meses a apanharem as vacinas que tinham em falta.


Brigadas Móveis viabilizam a alcance de crianças zero dose e SUB imunizadas na comunidade.

Instalação de uma brigada móvel na comunidade próxima da residência de sua família, ela foi alcançada pela campanha de recuperação de crianças com idades 24 A 59 meses, Big Catch up.
Juci José, de três anos vive com seus pais e quatro irmãos, na comunidade de Puakata, no Posto Administrativo de Namigonha, na província de Nampula.

Durante seus primeiros dois anos de vida, Juci recebeu vacinas de rotina, mas perdeu algumas doses das vacinas contra poliomielite, pneumonia, sarampo e rubéola, que deveria ter recebido aos quatro, nove e dezoito meses, respectivamente.
Seu pai, José Marcos, entende a importância de Juci e outras crianças receberem vacinas de rotina para prevenir doenças e garantir crescimento saudável. No entanto, devido à distância de aproximadamente 15km entre sua casa e a unidade de saúde mais próxima (Hospital de Namigonha e Hospital de Muhala Expansão), torna-se difícil acompanhar os compromissos de sua filha no hospital.

“Graças a brigada móvel montada na comunidade vizinha de Mpuata, conseguimos recuperar as vacinas que a minha filha Juci havia perdido e aproveitamos para levar a sua irmã mais nova de 6 meses para tomar a vacina de rotina”, disse José, pai da menina Juci.

As brigadas móveis foram montadas no âmbito da realização da Primeira Ronda da Recuperação de Crianças Zero Dose, em 74 distritos das Províncias de Nampula, Niasssa, Cabo Delgado, Zambézia, Tete, Manica e Sofala, como parte do compromisso conjunto do Ministério da Saúde - MISAU parceiros GAVO incluindo a World Health Organization Mozambique, UNICEF e Bill&Melinda Gates Foundation.
Tal como José Marcos, Ema Rosário tem 20 anos e vive na comunidade de Mpuata em Nampula. Ema tem dois filhos, um de um ano e outro menino a caminho dos três anos de idade. Ela vive com o marido e os seus filhos na sua comunidade e como mãe diz que zela muito pela saúde dos seus filhos e que deseja que cresçam vacinados e saudáveis.

Entretanto, dada a distância entre a unidade sanitária, a sua casa e a machamba, principal fonte de subsistência da sua família, a mesma não consegue ir ao hospital com muita frequência e por essa razão perdeu algumas vacinas do seu filho.

Graças a montagem das brigadas móveis comunidade vizinha ao seu bairro, o seu filho mais velho, conseguiu recuperar as vacinas que não havia apanhado, nomeadamente a 2ª dose de Sarampo, 3ª dose do rotavírus, e a 3ª dose de pentavalente que deveria ter tomado aos 8, 9 e 4 meses, respetivamente.

As brigadas móveis foram montadas no âmbito da realização da Primeira Ronda da Recuperação de Crianças Zero Dose, em 74 distritos das Províncias de Nampula, Niasssa, Cabo Delgado, Zambézia, Tete, Manica e Sofala, como parte do compromisso conjunto do Ministério da Saúde - MISAU parceiros do GPEI incluindo a World Health Organization Mozambique.
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