Representante da OMS Visita de campo à área crítica de surto de cólera

Representante da OMS Visita de campo à área crítica de surto de cólera

Luanda, Angola – O Dr. Zabulon Yoti, Representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, acompanhado por uma equipa da OMS, uniu-se hoje à Ministra da Saúde numa visita de campo à área crítica de surto de cólera no Município de Cacuaco. Avaliaram os Centros de Tratamento de Cólera (CTCs) estabelecidos para gerir a crise e analisaram a resposta a nível comunitário. O governo tem demonstrado uma liderança notável ao fornecer água potável às comunidades afectadas, um passo crucial para conter a propagação da cólera.

Desde que o surto foi declarado pela primeira vez, a 7 de Janeiro de 2025, foram registados mais de 500 casos de cólera e 27 mortes em três províncias: Luanda, Icolo e Bengo, e Bengo. A maioria das mortes ocorreu nas comunidades antes que os pacientes pudessem aceder aos cuidados. O Município de Cacuaco emergiu como o principal foco do surto, o que motivou esforços intensificados para conter a propagação da doença e fornecer tratamento vital.

Para responder à necessidade urgente de cuidados localizados, o governo angolano estabeleceu quatro CTCs com uma capacidade total de 250 camas nas comunidades mais afectadas. Estes centros, estrategicamente situados em áreas críticas como o Distrito do Paraíso, no Município de Cacuaco, permitem que as pessoas acedam a tratamento rapidamente sem terem de percorrer longas distâncias até aos hospitais. Esta abordagem é expectada reduzir significativamente as taxas de mortalidade, assegurando intervenções oportunas.

A OMS tem liderado a resposta, fornecendo apoio técnico e logístico ao governo. A organização está a colaborar com parceiros-chave, incluindo a UNICEF, a Universidade Agostinho Neto, a JUCARENTE e a Cruz Vermelha Angolana, para reforçar a vigilância, o manejo de casos e o envolvimento comunitário.

Durante a visita, o Dr. Zabulon Yoti destacou a importância das intervenções baseadas na comunidade no combate à cólera. "A cólera é uma doença que prospera em ambientes onde o acesso a água potável e saneamento é limitado. Ao trazer o tratamento para mais perto das comunidades afectadas, estamos a garantir que aqueles em risco tenham maiores hipóteses de sobrevivência e recuperação. A OMS continua comprometida em apoiar Angola na superação deste surto", afirmou.

A visita de campo incluiu avaliações das operações dos CTCs, discussões com trabalhadores da saúde no terreno e interacções com as comunidades para fortalecer a consciencialização comunitária e os esforços de prevenção.

O governo e os parceiros também estão a intensificar as mensagens de saúde pública para educar as comunidades sobre os primeiros sintomas, medidas preventivas e a importância de procurar cuidados de forma imediata. Os esforços de prevenção estão a concentrar-se na promoção de práticas de higiene, acesso a água potável e no descarte seguro de resíduos, enfatizando que os esforços liderados pelas comunidades são essenciais para reduzir a transmissão. Além disso, as vacinas orais contra a cólera são uma medida complementar, mas a sua eficácia depende da integração com outras estratégias de prevenção. A cólera continua a ser uma doença prevenível e tratável quando sistemas robustos estão em vigor para conter a sua propagação.

A OMS e os seus parceiros continuam a trabalhar de perto com o governo angolano para garantir uma resposta coordenada e eficaz, com o objectivo de salvar vidas e evitar a propagação adicional da doença.

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Omotola Akindipe

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WHO Angola
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