Progress report African region 21 - 2.5. Tackling the global infodemic - PT
A palavra combina “infodemic” (informação mais epidemia) e reflecte o efeito desmedido que as novas tecnologias da informação tiveram na comunicação em saúde contemporânea. Embora a palavra seja relativamente nova, a associação entre epidemias e desinformação não o é. Por conseguinte, desde o início da pandemia, a COVID-19 tem sido um claro alvo de informações públicas erradas, mal orientadas ou incompletas, contribuindo para uma considerável confusão entre os decisores políticos e o público.
O Escritório Regional da OMS para a África mediu palavras-chave e outros indicadores com ferramentas de monitorização dos meios de comunicação e das redes sociais para informar uma estratégia mais alargada destinada a melhorar a qualidade da informação relacionada com a COVID-19: efeitos colaterais da vacina, uso de máscara e uso de medicamentos não aprovados, entre outros. Numa nota semelhante, a Viral Facts Africa, uma publicação voltada para o público, lançada em Março e dedicada ao reforço positivo das informações e respostas relacionadas com o vírus, elabora um relatório semanal baseado numa triagem e resposta à desinformação. Esta actividade interactiva, que decorre da Aliança Africana de Resposta à Infodemia (AIRA – na sua sigla em inglês), de Dezembro de 2020, conta com contributos de um relatório por auscultação social conduzida uma vez por semana, também iniciado em Março, sobre as tendências. Para garantir o envolvimento e a relevância dos parceiros, um inquérito periódico de satisfação deste relatório semanal concluiu que 85% dos inquiridos que avaliaram o relatório atribuíram entre 8 e 10 pontos, sendo 10 a nota mais elevada.
Para combater a crise da infodemia, o Escritório Regional da OMS para a África realizou formações para 20 profissionais de comunicação em 10 países, com efeito multiplicador, e oito países foram dotados de sistemas de gestão da infodemia. Na frente académica, o Escritório Regional da OMS para a África realizou dois estudos qualitativos, em parceria com duas universidades da África Austral e Oriental, destinados a medir o impacto de conteúdos infodémicos.